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Kiko Mistrorigo

Penguin Content

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Architect, designer, director of creation, animation and special effects, he graduated from the Faculty of Architecture and Urbanism of the University of São Paulo. In February 1989, together with Celia Catunda, he founded the children's content producer TV PinGuim, (now Pinguim Content). He created, produced and directed more than 400 hours of animation for TV, including the series De Onde Vem?, on air since 2001 on Brazilian public TV; Peixonauta, an entirely Brazilian series produced by Pinguim Content that, in Latin America, reached the first place in the audience of the cable channel Discovery Kids. ; and O Show da Luna!, which is in its 6th season. Its productions are present in more than 90 countries on different platforms.

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  • Com toda a dublagem feita em Curitiba, a segunda edição da mostra SACI recebe produções de 12 países diferentes, para divertir e encantar crianças e adolescentes;

 

  • ​Curadoria é assinada por Célia Catunda (O show da Luna, Peixonauta), Isabela Silveira, especialista em Cultura Infância, e Marília Hughes Guerreiro (Panorama Coisa de Cinema);

 

  • ​Auditório do MON será a casa do cinema em Curitiba durante a mostra SACI, com exibição de curtas e longas metragens.

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Babs tem 9 anos e ganha um porquinho chamado Oink. Vinda dos Países Baixos, essa é uma imperdível aventura em longa metragem feita com a técnica de animação Stop Motion. O filme fez sucesso no festival Berlinale em 2022. (Crédito da foto: Divulgação)

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Um festival feito inteirinho para as crianças mostra que cinema é coisa séria, não importa a idade do público. Em sua segunda edição, com dublagem em português e sessões com legendas descritivas e audiodescrição, o SACI - 2º Festival Internacional de Cinema Infantil - apresenta 46 filmes de 12 países, trazendo para Curitiba uma amostra do que há de melhor no mundo em produção audiovisual para o universo infanto-juvenil. “São obras que divertem enquanto discutem temas universais e oferecem uma perspectiva de outras culturas, estéticas e realidades”, diz Rafael Perry, idealizador do SACI.

 

Serão 10 dias de evento, entre 14 e 23 de julho, em três espaços culturais importantes da cidade. O Museu Oscar Niemeyer vai ganhar estrutura de cinema para protagonizar o festival e haverá sessões também no Cine Passeio e no Teatro da Vila (CIC).

 

A ideia da mostra SACI é contribuir com a oferta de atividades culturais, com foco na produção cinematográfica contemporânea para o público das mais diversas faixas etárias. Para ampliar a experiência e envolver as crianças a partir de dois anos na magia das histórias, arte-educadores vão realizar atividades antes e depois da projeção dos filmes. 

 

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Tela grande também é para os pequenos

 

A maratona de exibições na tela grande para gente pequena é também uma oportunidade para que as férias de julho tenham menos telinhas nas mãos, propõe Perry. E que as famílias possam refletir sobre o uso intensivo de telas e smartphones pelas crianças. Se hoje o público jovem é intensamente bombardeado por conteúdos rápidos e micronarrativas, o festival propõe justamente outro ritmo de consumo do audiovisual, com conteúdo selecionado por especialistas e reflexão sobre os temas abordados pelos filmes.

 

Para facilitar a escolha das sessões, a curadoria fez indicações etárias a partir de 2, 4, 5, 8 e 10 anos de idade em sessões de 50 minutos, que podem reunir vários títulos de curta metragem, sob temáticas como enfrentamentos, aprendizados sobre si e o mundo, perdas, tecnologias e saberes, sobretudo o protagonismo infantil e a pluralidade das infâncias.

 

O SACI também convida familiares, profissionais de educação e interessados em geral na arte do cinema para bate-papos sobre o papel da cultura da infância no audiovisual brasileiro, identidades e outras infâncias possíveis.

 

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“Disparadores de bons diálogos”

 

A escolha dos filmes passou pelo olhar atento das curadoras Célia Catunda, Isabela Silveira e Marília Hughes Guerreiro, três nomes de expressão nacional no audiovisual brasileiro e em Cultura Infância. “Todos os públicos estão em constante formação, mas o contato das crianças com as obras artísticas é especialmente marcante porque elas estão formando suas primeiras referências”, conta Isabela, que é gestora cultural e pesquisadora das infâncias.

 

Coordenadora e curadora do Panorama Internacional Coisa de Cinema, Marília Hughes ressalta que o engajamento dos pais é importante também para desdobrar os temas após as sessões: “Os filmes podem ser disparadores de bons diálogos”.

 

Quanto à escolha das obras nacionais, Célia Catunda, que é também diretora das séries “Peixonauta” e “O Show da Luna!”, destaca o cuidado na escolha de filmes que aproximem as crianças da realidade brasileira. “A ideia é que essas histórias não ocupem apenas o lugar de folclore. São narrativas que fazem parte da nossa cultura.”

 

A pandemia e o desafio dos temas complexos

 

Dentre 160 filmes assistidos, 34 foram selecionados para a mostra competitiva - que receberá votos também das crianças - e outros 12 para a mostra principal. Depois de se debruçarem sobre tantas obras, as três curadoras observaram que a pandemia também se refletiu na produção cinematográfica. 

 

Elas perceberam a predominância de temas como perdas e isolamento, o que exigiu um olhar extra para o equilíbrio da mostra. “Aos poucos, fomos encontrando abordagens mais leves sobre assuntos densos”, explica Célia.

 

Um bom exemplo é o filme Dounia e a Princesa de Aleppo, ambientado num cenário conturbado. "Pensar sobre os conflitos armados e em disputas para além dos aspectos geopolíticos é essencial. E quando focados nas infâncias impactadas por tais disputas, os produtos culturais se tornam especialmente relevantes. Dounia e a Princesa de Aleppo reúne protagonismo infantil, a riqueza da diversidade cultural e uma perspectiva transgeracional de forma rica e complexa, afirmando-se como um filme único para abordar a temática", diz Isabela Silveira, que também assina a coordenação do setor educativo do festival.

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Em Dounia e a Princesa de Aleppo, nossa heroína de seis anos tem algumas sementes de nigella na palma da mão e com a ajuda da princesa de Aleppo viaja em direção a um novo mundo. (Crédito da foto: Divulgação)

 

Mostra Saci tem todas as sessões dubladas

 

Além de 15 obras brasileiras, o festival conta com filmes de outras 11 nacionalidades. Diante de tamanha diversidade de idiomas, o SACI investiu mais uma vez em um de seus principais diferenciais: a dublagem de cem por cento dos títulos estrangeiros. O trabalho, assim como na primeira edição, foi todo feito em Curitiba por atores adultos e infantis, envolvendo 150 horas de gravação em estúdio, com 51 vozes e uma equipe técnica de 12 pessoas, entre diretores, editores e mixadores.

 

“A ideia de produzir as dublagens originais em estúdio é possibilitar, além do acesso ao conteúdo pelas crianças não alfabetizadas, que os filmes possam ser revistos em mostras futuras do SACI e de outros projetos. As dublagens também contribuem com o fomento à economia criativa da cidade e a criação de postos de trabalho para técnicos, atores e atrizes", diz a co-idealizadora do festival, Isadora Flores, lembrando que ainda haverá sessões com LSE - legendas descritivas,com audiodescrição, para a inclusão de crianças e adultos com deficiência.

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Para’í conta a história de Pará, menina guarani que encontra por acaso um milho guarani tradicional, que nunca havia visto e, encantada com a beleza de suas sementes coloridas, busca cultivá-lo. Ela questiona seu lugar no mundo, por que fala português e não guarani, e é diferente dos colegas da escola. (Crédito da foto: Divulgação)

 

Livre para todos

 

No Brasil, são poucos os festivais exclusivamente voltados ao público infantil, por isso as curadoras ressaltam que o SACI é uma oportunidade de formação de público e de linguagem. As obras estão categorizadas considerando cada faixa etária indicada e seus assuntos de interesse, para ajudar os pais a escolherem a melhor opção.

 

A seleção passou também por uma curadoria diversa do ponto de vista técnico. Há, por exemplo, filmes no formato live action, documentário, stop motion e animação. 

 

O Saci é realizado pela Infinitoo e Isadora Flores Produção Cultural, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, por meio do Ministério da Cultura e Governo Federal. É patrocinado pela Oregon, apoiado pela Aços Continente e conta com a colaboração da Grasp. Também tem o apoio institucional do Museu Oscar Niemeyer (MON), Instituto Francês, Embaixada da França no Brasil e Aliança Francesa de Curitiba.

 

SERVIÇO

 

SACI - 2º Festival Internacional de Cinema Infantil

Programação completa e ingressos em saci.art.br

 

Quando

14 a 23 de julho de 2023, em Curitiba

Onde

Museu Oscar Niemeyer (MON), Cine Passeio e Teatro da Vila (CIC)

Ingressos

Os ingressos podem ser comprados no site saci.art.br/ingressos para sessões individuais, ou no formato “passe livre” para 1, 3 ou 10 dias. (As sessões do Cine Passeio e do Teatro da Vila, no bairro CIC, serão gratuitas)

Origem das obras

Alemanha, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, México, Noruega, Países Baixos, Panamá, Portugal e Quirguistão.

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